terça-feira, 16 de setembro de 2014

Amamentaçao


Olá mamães

Hoje o assunto é sobre amamentação! Tenho recebido muitas perguntas sobre este tema e vejo que há uma grande polêmica em torno do assunto.

Muitas mães se sentem culpadas por não CONSEGUIREM  amamentar, e isso muitas vezes acontece porque existe o MITO que toda mulher PODE amamentar.  Eu não CONCORDO!!!
Até porque passei por isso e sei que por mais que a gente queira e se esforce, existem inúmeros fatores que influenciam a descida do leite.

Pois bem, vou contar o MEU caso: Nicolás nasceu de uma cesareana como já havia contado no Post anterior. Por este motivo meu leite demorou a descer. Só fui conseguir amamentar de verdade 5 dias depois. Mesmo assim eu segui firme. E por não haver desistido, a produção foi aumentando. E no final tinha tanto leite que o Nico não dava conta de mamar tudo.  O prazer de ver meu filho com a barriguinha cheia do meu leite era indescritível.

Tudo correu bem durante 1 mês e meio. Um belo dia o Nicolás teve febre, e até onde eu sabia, febre em recém nascido é algo preocupante.
Corri para o hospital, e depois de vários exames, o diagnóstico: MENINGITE (graças a Deus foi a viral)!
Escutar esta palavra é algo que faz qualquer mãe desmoronar. Comigo não foi diferente.

Foi o dia mais desesperador da minha vida. Para quem não sabe, o exame que se faz para descobrir a meningite chama-se LIQUOR, e consiste em introduzir uma longa agulha na coluna vertebral e extrair o líquido que vai determinar se o paciente está infectado ou não.
 Não preciso nem dizer o quanto este exame é dolorido, mesmo para adultos. Agora imaginem num bebê de pouco mais de 1 mês.

Tudo isso, naquele momento fez com que meu leite secasse. E existe isso??
Sim meninas, existe. Um período de stress ou tensão libera adrenalina, e isso faz com que se bloqueie a produção de ocitocina, um dos hormônios responsáveis pela amamentação.

Durante os 4 dias em que o Nico esteve hospitalizado não saiu uma só gotinha de leite do meu peito. E Naquele momento específico tivemos que dar mamadeira, pois não podíamos correr o risco da resistência dele cair ainda mais.

Quando as coisas se acalmaram um pouco procurei meu obstetra, e ele receitou um remedinho para produzir leite. Foi ótimo! Funcionou muito. O peito vazava o dia inteiro (rsrs). Mas... Nicolás não quis mais pegar.
Colocava na boquinha dele e ele gritava desesperado, e mamar que é bom nada! Algumas vezes tentei  enganar, dava a mamadeira e logo depois tirava e colocava meu peito no lugar. Funcionou 2 dias, rs.

Solução: Comecei a tirar o leite com a bomba e colocar na mamadeira. Foi a saída menos prejudicial que encontrei. Já que ele não queria mamar no peito, mas não recusava o leite materno.
Consegui fazer isso durante 3 meses. Várias vezes ao dia. Foi um sacrifício enorme, mas valeu a pena.
Nicolás ganhava peso semanalmente, e crescia numa velocidade espantosa.

Como teria que voltar a morar na Europa com ele, fui deixando pouco a pouco de tomar o remedinho milagroso que fabricava o leitinho. Seria muito complicado viajar e passar 12 horas em um avião e aeroportos tirando leite pelos banheiros.

Foi uma decisão difícil, já que queria muito que meu filho seguisse mamando do meu leite, mas acreditei que fiz o possível, e que o fato de ele não ter seguido diretamente no peito foi uma fatalidade, originada pelo stress da sua internação.

Eu conto tudo isso pra vocês, para que entendam que AMAMENTAR muitas vezes não depende só da nossa vontade, e quem diga o contrário não tem a devida informação.

Existem muitos sites e páginas de mulheres que se auto denominam HUMANIZADAS, que ironizam e desprezam as mulheres que por um motivo ou outro (cada uma sabe do seu) não puderam amamentar ou tiveram que se submeter a uma cesárea.

Eu não acredito que a via de parto, ou a forma de alimentação vai definir o tipo de mãe que você é.  Não existe MENOS mãe, existem mulheres que têm uma determinada limitação em algum aspecto, mas que com amor e paciência compensam em outros.

E isso é exercer de verdade a maternidade. Saber conviver com a frustração e aceitar que nem tudo vai sair sempre do jeito que você sonhou.
Se culpar e passar o resto da vida lamentando o que deu errado com seu filho só vai tirar de você o prazer de desfrutar daquilo que está dando certo!!

Beijos e esperam que tenham gostado.

domingo, 7 de setembro de 2014

Parto Normal ou Cesareana?



Bom dia mamães

Hoje eu vou falar a respeito da "escolha" do parto.
Isso mesmo, ESCOLHA! Porque na grande maioria das vezes, somos nós que decidimos como nosso bebê vai nascer!
Eu acredito que muitas grávidas aqui têm horror ao parto normal, temem sofrer demais, por muitas horas, e no final ainda ter que acabar em uma cesárea.
Eu confesso que que também sentia o mesmo!! Até começar a pesquisar mais profundamente sobre os dois.

Depois de ler muito, ver vários  vídeos e falar com pessoas que passaram pelas duas experiências, cheguei a conclusão que o que eu desejava para mim e o meu filho, era um parto NORMAL!
Queria que ELE decidisse a hora de vir ao mundo, que ele estivesse 100% pronto. E claro, queria um parto nada agressivo.

Para quem não sabe a  cesárea é uma cirurgia de médio porte. Equivale a retirada de parte do intestino, ou uma cirurgia de estômago. Corta-se 7 camadas da barriga: pele, gordura, fáscia muscular, músculo, peritônio parietal (colado embaixo do músculo), peritônio visceral (colado ao útero), e a musculatura do útero. Ao todo a paciente recebe uma média de 75 pontos!!! Isso sem falar nos riscos inerentes á anestesia, e o tempo de recuperação.

Muitos médicos fazem uma falsa indicação de cesárea, pois para eles é muito mais cômodo. Reservam o centro cirúrgico, o quarto, sabem a hora que vai começar e a hora que vai terminar.
Uma cesárea dura em média dura 45 minutos, em contrapartida um parto normal pode durar até 24 horas, e o valor recebido é o mesmo!!

E o parto normal? Claro que também existem pontos "desagradáveis". Existem médicos que fazem muitas intervenções (algumas vezes desnecessárias): Número elevado de toques, ocitocina sintética (para acelerar o trabalho de parto), episiotomia (o cortinho entre a vagina e o ânus para facilitar a passagem do bebê)., descolamento de membrana (indução sem medicação).

Mas mesmo a gente pesquisando muito e tendo claro que tipo de parto QUER ter, muitas vezes acabamos frustradas. Foi o meu caso.

No último mês de gestação descobri uma queda significativa de plaquetas, e depois de alguns exames tive o diagnóstico de que sofria de PTI (Púrpura Trombocitopénica Idiopática/Doença autoimune)

Mas o que é isso? É uma doença caracter
izada pela baixa de plaquetas no sangue periférico, de causa DESCONHECIDA. Suas  manifestaçoes são extremamente variáveis e pode ir desde um processo assintomático (meu caso), que não necessita de tratamento, até uma doença grave, capaz de reduzir a expectativa de vida dos pacientes.

O corpo indevidamente produz anticorpos contra as nossas próprias plaquetas, o que acaba dificultando o processo de coagulação do sangue, fazendo com que os riscos de uma hemorragia sejam grandes.
E justamente por isso tive a indicação de cesárea, pois segundo o médico, seria muito mais difícil estancar um sangramento através do parto normal, já que o útero não esta exposto, do que através de uma cesárea, onde ele vê exatamente tudo que está acontecendo.

Também havia o risco de que o meu bebê ficasse sem oxigênio, já que meus glóbulos vermelhos também estavam caindo, e por isso tive que me submeter à cirurgia com 37 semanas.

Graças a Deus deu tudo certo e o Nicolás nasceu lindo e saudável, com 50 cms e 3.300 Kgs. Mas o pós foi complicado. Passei 8 horas na sala de recuperação, esperando passar os "efeitos secundários" da anestesia, ou seja, neste tempo todo meu filho não ficou junto de mim, o que para o bebê é terrível, visto que ele está num mundo desconhecido, bem diferente da casinha quentinha que ele tinha na minha barriga. Sem contar que ele ainda está muito assustado, pois ainda não estava preparado para nascer. Foi arrancado da barriga antes do tempo, antes do SEU TEMPO!

A dor do corte é horrível, parece que cortaram você em duas metades, mal dá pra ficar de pé. E amamentar é uma aventura, já que você mal consegue segurar o bebê.
Já se passaram quase 5 meses desde que o Nico nasceu, e eu ainda sinto dores, minha cicatriz continua bem grande e visível, e o trauma de não ter tido o parto dos meus sonhos permanece.

Acredito que cada mulher sabe o que é melhor para si, e todas buscam o melhor para o seu filho, mas com informação é mais fácil. Saber o que deu errado na cirurgia da amiga, da vizinha, da cunhada faz com que cada uma pense muito bem nos prós e contras de uma cesárea eletiva.

Espero que tenham gostado do Post, que tenha sido útil e esclarecedor!

Beijos pra todas

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Exames necessários durante a gestação


Bom dia papais e mamães,

Hoje eu resolvi falar sobre os exames necessários durante a gestação.

Desde que descobrimos a gravidez, até o momento do parto o que mais nos preocupa é a saúde do bebê, não é mesmo? E para que tenhamos certeza que tudo está evoluindo adequadamente precisamos fazer análises clínicas trimestralmente, muitas vezes, mensalmente.

Alguns médicos pedem mais exames que outros. Algumas mães defendem o"mínimo possível"do que consideram "interferências", como o ultrassom por exemplo.

Eu faço parte do time que implorava por um a cada semana, rs. Ficava encantada vendo como aquele serzinho desenvolvia dentro de mim. Era assistir em tempo real o milagre da vida.

Claro que meu post hoje é sobre o que realmente é NECESSÁRIO (para cada caso). E o quanto um pequeno detalhe visto a tempo pode fazer totalmente a diferença na hora do parto.


PRIMEIRO TRIMESTRE:

Ultrassom Transvaginal: Realizado para confirmar a gestação e verificar a localização do feto - uma gravidez ectópica (nas trompas ) - por exemplo, é inviável. O médico também pode ver o número de embriões e com isso fazer o cálculo da idade gestacional, facilitando prever a data provável do parto e se o desenvolvimento do feto está de acordo com sua idade uterina.

Hemograma total: Investiga possíveis alterações que podem prejudicar a correta evolução da gravidez, a fim de tratar o quanto antes.
-DETALHE: Alguns médicos pedem este exame apenas no começo da gestação. É importante que peçam "todo mês", porque alterações podem surgir a qualquer momento. E foi exatamente o que aconteceu comigo.
Já  no sétimo mês descobrimos uma  queda significativa de plaquetas e glóbulos vermelhos, que seguiram caindo semanalmente até a data do parto, o que fez com que meu médico optasse pela cesariana (vou falar sobre isso em um post específico).

Tipagem sanguínea:  Confirma o tipo sanguíneo da gestante, e mostra qual o fator Rh (negativo ou positivo). Isso é importante, pois quando a mãe possui Rh negativo , e o pai positivo, o bebê poderá nascer com o tipo sangüíneo do pai, e portanto, ser incompatível com a mãe.
Nesse caso o bebê não corre risco nenhum, mas após o parto, o organismo materno reconhecerá o sangue Rh positivo como inimigo. Numa próxima gestação, caso o bebê seja Rh positivo, a mãe produzirá anticorpos para combater o tipo sangüíneo dele, podendo causar problemas como anemia e deficiência mental.
Para prevenir, a gestante Rh negativo deve receber uma vacina específica na 28ª semana e nas primeiras 72 horas após o parto. Caso seja a segunda gestação, deve fazer o exame Coombs Indireto, que detecta a presença dos anticorpos.
-DETALHE:  Foi "quase" o que aconteceu comigo. Eu sou Rh Negativo, e o pai do Nicolás é Rh Positivo. Por sorte, o Nico nasceu com meu fator Rh e não houve necessidade de nenhuma vacina.

Sorologia para Rubeóla e Toxoplasmose: Caso a gestante já tenha apresentado estas doenças, estará imune. Se foi vacinada contra a Rubéola também. Essas doenças podem prejudicar seriamente o desenvolvimento do bebê.
Há tratamento para a toxoplasmose durante a gestação, por isso a importância do diagnóstico precoce. Também existe formas de evitá-la, como por exemplo, não comendo carnes cruas e não frequentando lugares onde existam gatos (não precisa entrar em contato direto com o gato, basta estar no mesmo ambiente que ele.)


Citomegalovírus e Sífilis: Nos dois casos há a possibilidade de tratamento durante a gestação. Ambos podem contaminar o bebê e comprometer seu desenvolvimento.


Sorologia para Hepatite B e HIV: O objetivo aqui é detectar a existência dessas doenças , e em caso positivo, evitar que elas passem para o bebê através de medidas de prevenção na hora do parto.


Tolerância à Glicose: Detecta o diabetes gestacional. Normalmente é feito na 24ª semana.
Se o resultado for positivo,  entra-se com medicação e dieta.
-DETALHE:  Esse exame pra mim foi o pior de todos. Um autêntico pesadelo,rs.
Tenho dificuldade para ficar em jejum muito tempo, imaginem grávida e cheia de enjôos.
Pra completar você precisa tomar uma garrafa de um líquido horrível, extremamente doce num espaço de tempo curtíssimo. E sem vomitar, porque senão tem que repetir todo o processo.
Mas independente disso, é um exame super importante, e não dá pra deixar de fazer.


Urina 1 e Urocultura: Esses exames detectam infecções que podem causar problemas na gestação e até parto prematuro. São repetidos nos próximos trimestres ou se houver suspeita de infecção.


Ultrassom Morfológico do 1º Trimestre: Realizado entre a 11ª e a 14ª semana. Avalia o desenvolvimento do bebê e possíveis malformações. Nele é a realizada a "Translucência Nucal"(mede a nuca do bebê). Essa medida, quando fora dos padrões pode identificar a Síndrome de Down.
Quando ele é associado ao "OSCAR", um exame de sangue que dosa a Proteína Plasmática Associada à Gravidez (PAPP-A) e a Beta Gonadotrofina Coriônica Humana (BHCG), aumentam as chances de acerto no diagnóstico.


SEGUNDO TRIMESTRE:

Hemograma total : O mesmo do primeiro trimestre (mesmo que os resultados anteriores não tenham nenhum tipo de alteração)


Ultrassom Morfológico do segundo Trimestre: Realizado entre a 20ª e 24ª semana - preferencialmente na 22ª - neste exame o bebê é analisado detalhadamente. É possível verificar problema físicos, cardíacos e renais. Quando detectados precocemente, possuem chances de serem tratados.


Ultrassom Transvaginal: Realizado entre a 20ª e 24ª semana. Verifica a medida do colo do útero.
Quanto mais curto, maior a chance de parto prematuro.


TERCEIRO TRIMESTRE:

Ultrassom obstétrico do terceiro trimestre: Realizado entre a 34ª e 36ª semana. Reavalia o desenvolvimento do bebê, e se  quantidade de liquido amniótico e maturidade da placenta estão compatíveis com o tempo de gestação.


Sorologias: Algumas sorologias realizadas no primeiro trimestre são repetidas por volta da 35ª semana para afastar a possibilidade de doenças antes do parto.


Cultura da bactéria estreptococo B: Solicitado também por volta da 35ª semana. Aponta a presença de uma bactéria que vive na região anal e vaginal. Não causa mal para  a grávida, mas é transmitida durante o parto e prejudica o bebê.


EXAMES EXTRAS:

Ultrassom 4D: É possível ver detalhes do bebê quase como em uma foto. Este exame auxilia no diagnóstico de algumas malformações quando combinadas com o ultrassom de rotina.

Ultrassom com Doppler: Este exame mostra o fluxo dos vasos sanguíneos da mãe e do bebê e a resistência vascular das artérias umbilicais, cerebrais e uterina.
Pode ser solicitado quando a gestação é de risco (grávidas com hipertençao, diabetes ou doenças autoimunes, por exemplo), ou se há alguma suspeita de problemas no desenvolvimento do bebê.
-DETALHE:  O ultrassom com Doppler eu tive que fazer, porque fui diagnosticada com Doença Autoimune (explico pra vocês num próximo post). E este diagnóstico só pode ser visto porque repeti durante toda a gestação o hemograma completo - por isso a importância de não deixar de fazer NENHUM exame solicitado pelo seu médico.
E ficar atenta, porque se ele não solicitar, você deve perguntar!

Perfil Biofísico Fetal: Pode ser requisitado a partir da 28ª semana. Combina a ultrassonografia e a cardiotografia computadorizada. É possível observar a quantidade de líquido amniótico, os movimentos físicos e respiratórios do bebê, seu tônus e sua frequência cardíaca.
-DETALHE: Este exame eu também tive que fazer por conta da Doença Autoimune. Na verdade eu fiz com 37 semanas, já às vésperas do parto.
Nele foi detectado que meu líquido amniótico estava "diminuindo", um dos fatores que me levou a uma cesárea.
Mas o exame em sim é LINDO!!! Poder escutar o coração do bebê com toda força, aumentando e diminuindo o ritmo, ver como ele respira, como se move dentro de você é uma sensação única. indescritível!


EXAMES INVASIVOS:

Este tipo de exame só é realizado quando existe suspeita de alguma alteração cromossômica do bebê, que pode causar síndromes.
As indicações são: Translucência Nucal fora do padrão, casos de alterações cromossômicas em gestações anteriores, nos pais ou na família, grávidas com mais de 40 anos.

Biopsia do Vilo Corial: Realizado entre a 11ª e 14ª semana. Com a ajuda do ultrassom, o médico introduz uma agulha no abdome da gestante e retira uma amostra do tecido placentário. Existe um risco pequeno, de 0,5%, de causar sangramento e interromper a gravidez.

Amniocentese: Realizada a partir da 16ª semana. É semelhante ao da biopsia : Através do ultrassom, o médico insere uma agulha e retira uma amostra do líquido amniótico. Há o risco de 0,5% de prejudicar a gravidez.

Cordocentese: Realizada a partir da 20ª semana de gestação. Também guiada pelo ultrassom, a agulha retira amostras do sangue fetal do cordão umbilical. Há risco de 2% de perda gestacional.


Fonte de pesquisa: Meu obstera: Dr Walter Banduk, e Hospital Albert Einstein


Espero que tenha sido útil e esclarecedor pra vocês.

Beijos e até mais!







sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Nascimento do Nicolás


Bom dia mamães!

Quanto tempo sem aparecer por aqui... Confesso que já estava com saudades de escrever para vocês.
Mas minha ausência se deu por um ótimo motivo: a chegada do meu Nicolás.

Pensei que poderia seguir escrevendo durante toda a gestação e pós parto, mas infelizmente não deu. O último mês de gravidez foi bastante tumultuado (vou escrever um post especificamente sobre isso depois), e depois que ele nasceu mal tive tempo de respirar.
Cuidar de um bebê sem ajuda (24hs) é muito complicado, desesperador as vezes, mas vale muito a pena.

Desde o princípio eu tinha muito claro que não queria babá. Não  queria nenhuma pessoa "estranha" acalmando meu filho. Queria eu mesma fazer tudo, aprender na prática, com os erros.

Queria entender cada expressão dele, os diferentes tipos de choro (porque acreditem, existe um para cada necessidade), queria que ele reconhecesse a minha voz e se acalmasse por ser EU (e não outra pessoa ) ali presente. Queria que meu cheiro fosse inconfundível pra ele, e que o simples toque das minhas mãos tivesse o poder de confortá-lo.

Vejam bem, nada contra quem precisa ou simplesmente deseja uma babá. Acredito que cada mãe sabe o que é melhor para o seu filho, e não discuto isso. Minha postura é sobre o MEU caso, MEU bebê.

É lógico que todas nós, mães de primeira, segunda ou terceira viajem, precisamos de ajuda. No meu caso, que não tinha experiência nenhuma ainda mais.
Mas no começo preferi ter por perto somente meu marido. Chegamos a conclusão que seria mais saudável para os três não ter mais gente opinando.

Durante o primeiro mês de vida do Nicolás dividimos as tarefas como podíamos. Até que conseguimos nos coordenar bem. Eu me encarregava dele pelas noites, até as 5 da manha, e o meu marido tomava conta depois (desta maneira eu podia dormir um pouco).
Para facilitar nossa organização, eu  tirava o leite do peito e congelava, assim ele  podia participar mais e alimentar o Nico enquanto eu descansava.

Depois deste primeiro mês meu marido teve que voltar pra Europa (quem me acompanhava por aqui sabe que eu morava na Espanha até engravidar). A partir daí eu comecei a contar com a ajuda da minha mãe.
E deu super certo, porque eu já estava segura sobre os cuidados com o baby, já me sentia uma mãe de verdade, e a função da minha neste momento, não era me ensinar, e sim me "ajudar".

Confesso que foi a melhor experiência da minha vida, afinal eu não convivia diariamente com a minha mãe a pelo menos 15 anos. Por ter ido morar fora muito cedo, nossa convivência se resumia a 15 dias no máximo, 2 vezes ao ano. E pela primeira vez em muito tempo estivemos juntas durante 24 horas por 40 dias ininterruptos.
Melhor que isso, foi viver esta experiência tendo o Nicolás nos braços. Poder dividir com ela este momento único da minha vida.

Ahhh!! Se pudesse teria ela sempre por perto...Engraçado né? Depois que a gente é mãe, sente mais falta e necessidade das nossas mães, rs.
O Nico também AMOU a convivência com a avó. O jeitinho dela segurá-lo, os truques para acalmar a cólica ( que ele teve pouca, graças a Deus). Essas coisas só as avós sabem né?

Uma pena que o tempo passa tao rápido. Queria poder eternizar alguns momentos, como esses maravilhosos 40 dias.
Mas a vida segue! E aqui estamos nós, de volta a Europa, começando uma nova etapa.

Nos próximos posts vou escrever a partir de onde parei, antes do Nicolás nascer. Assim vocês se familiarizam com tudo o que aconteceu até chegarmos aqui.

Espero que tenham gostado da minha volta, e espero não ficar mais tanto tempo longe (rezem para o Nicolás seguir calminho assim,rs)

Um beijo grande e até breve.

quarta-feira, 19 de março de 2014

O pesadelo das estrias (parte 2)

Boa noite meninas,

Hoje eu vou falar sobre um assunto que já havia falado anteriormente, mas que sei que é a maior preocupação das gravidinhas : ESTRIAS!

Sabem porque vou repetir este Post? Porque desgraçadamente, depois de tanto cuidado e atenção, as malditas estrias apareceram.

Vocês podem imaginar meu desespero né??? Fui correndo ao consultório da  minha dermatologista para ter certeza que realmente eram as maledetas. E nao deu outra, três pequenas linhazinhas vermelhas no lado direito do bumbum. Que raivaaaaaa!!!

Mas ela me disse que essas estrias tem tratamento, porque sao novas. Se eu começar a tratar logo depois que o bebê nascer elas devem sumir 90%. O problema é elas ficarem "velhas" e se transformarem em estrias brancas, aí ESQUECE! Nao tem mais jeito não.

Felizmente só faltam 20 dias para o meu baby chegar, e aí vou entrar com tudo no arsenal de choque, na guerra contra essas terrorificas manchas vermelhas.

Mas voltando aos conselhos da minha dermatologista: Ela me disse que o melhor creme para comprar aqui no Brasil é o LACTREX , da Galderma, que é o único que ela realmente viu funcionar, que o resto é enganaçao.
E eu tenho que concordar, porque depois que o meu REMESCAR (que trouxe da Europa) acabou, eu comecei a usar marcas nacionais (Bepantol Mamy e Luciara) e deu no que deu.

A minha dermato também me falou de uma pesquisa recente sobre a quantidade de vezes que temos que hidratar a pele durante o dia. Segundo esta pesquisa, temos que passar o creme a quantidade de vezes relativa aos meses de gravidez. Se você está de 4 meses, 4 vezes ao dia. Se está de 5 meses, 5 vezes ao dia, e por ai vai.

Claro que eu também nao fiz isso, mas se imaginasse o que iria acontecer teria feito com certeza. Teria inclusive acordado de madrugada para passar o hidratante. Por isso aconselho a vocês que nao paguem pra ver. Se previnam, pra nao ficar como eu, em pânico porque no finalzinho elas acabaram aparecendo.

E é assim mesmo, parece que é no final da gravidez ou depois do nascimento que elas estouram. Entao melhor nao relaxar e cuidar enquanto podemos, porque depois dá um trabalhooooo!!! :( :(





Espero que vocês tenham gostado da dica de hoje!

Um beijo

quinta-feira, 13 de março de 2014

Texto emocionante para as mamães

Olá mamães,

Hoje resolvi postar um texto lindo sobre maternidade. Um dos mais bonitos que já li.

Ele expressa claramente todos os sentimentos e preocupações relacionados a maternidade.

Espero que gostem :) :)








TEXTO MARAVILHOSO DEDICADO A TODAS AS MAMÃES E FUTURAS MAMÃES!

Nós estamos sentadas, almoçando, quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em “começar uma família”.

— Nós estamos fazendo uma pesquisa — ela diz, meio de brincadeira. — Você acha que eu deveria ter um bebê?

— Vai mudar a sua vida — eu digo, cuidadosamente, mantendo meu tom neutro.

— Eu sei — ela diz. — Nada de dormir até tarde n
os finais de semana, nada de férias espontâneas…

Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.

Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar: “E se tivesse sido o MEU filho?”; que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar; que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.

Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzí-la ao nível primitivo da ursa que protege seu filhote; que um grito urgente de “Mãe!” fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante.

Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.

Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina; que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino, ao invés do feminino, no McDonald's, se tornará um enorme dilema; que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro.

Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, se questionará constantemente como mãe.

Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que jamais se sentirá a mesma sobre si mesma; que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho; que ela a daria num segundo para salvar sua cria — mas que também começará a desejar mais anos de vida, não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.

Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias, se tornarão medalhas de honra.

O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.

Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que, através da história, tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados.

Eu espero que ela possa entender por que eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que me torno temporariamente insana quando discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro dos meus filhos.

Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta.

Quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Quero que ela prove a alegria que, de tão real, chega a doer.

O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.

— Você jamais se arrependerá — digo finalmente. Então estico minha mão sobre a mesa, aperto-lhe a mão e faço uma prece silenciosa por ela e por mim e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho esse que é o mais maravilhoso dos chamados; esse presente abençoado de Deus, que é ser mãe.

Autor Desconhecido

terça-feira, 4 de março de 2014

Terapia na gestaçao








































Oi mamães,

Como foram de carnaval?
O meu mega tranquilo, como já havia adiantado pra vocês que seria.

Hoje resolvi falar sobre um tema que acho super importante na gravidez: TERAPIA!
Eu tenho que admitir que sempre gostei do assunto, mas nunca me encorajei  a fazer. 
Acho que tinha medo de abrir a “caixa de pandora” rsrsrs.

Mas quando a gente fica grávida tudo muda né? Até os medos se transformam.
Perdemos os que tínhamos, descobrimos novos, outros aumentam, e por aí vai.
Por isso é importante contar com um bom profissional da área. Alguém que possa nos orientar sobre o que é “normal” e o que é “exagero”.

Os primeiros meses passam tao rápido que a gente nem tem tempo de pensar direito. Parece que tudo ainda é meio irreal.
Afinal, não temos barriga ainda, o bebê não se mexe, e faltam muitos meses para que ele nasça.
Apesar de um turbilhão de hormônios estarem trabalhando e em ebulição, a ficha demora um pouco para cair.

Mas aí lá pelo quinto mês a barriguinha começa a crescer, o peso aumenta, os movimentos fetais já são perceptíveis, e a gravidez deixa de ser uma simples “idéia” para ser um FATO.
E é neste momento que nos sentimos perdidas, que começam as dúvidas, que batem todas as inseguranças.

  • E se eu nao for uma boa mãe?
  • Será que vou dar conta de tudo sozinha?
  • Onde fica minha individualidade?
  • Será que meu marido ainda vai me ver como mulher? (para as casadas)
  • Será que vou conseguir ter algum relacionamento depois? (para as solteiras)
  • E se eu tiver depressão pós-parto?
  • E se nunca mais emagrecer? 
  • E o parto? Cesárea ou normal?
  • E a questão financeira?
  • ….. ….. ….. …..

Sao tantos SERÁs e SEs, que a gente poderia ficar noites e noites em claro fazendo as mesmas perguntas sem encontrar respostas ou formulando novas perguntas, igualmente sem respostas.
Exatamente por isso acredito que seja importante o acompanhamento psicológico durante a gestação. 
Ter alguém para desabafar e sanar nossas dúvidas neste momento é de suma importância. Até porque a maioria das pessoas do nosso círculo não entende que não vamos estar felizes o tempo todo.
Não sabem lidar com as nossas crises de choro, ou nossa irritabilidade desmedida.
 
A terapia abre um leque de possibilidades. Nos faz ver as coisas de várias perspectivas, e lógico vai nos preparando para a chegada de um novo ser. Um ser que será entregue nos nossos braços sob nossa responsabilidade. É claro, que esta idéia assusta, principalmente quando a hora H está chegando.

Ser mãe é lindo, é um presente de Deus, mas nem todas as mulheres estão preparadas. Muitas não tem a capacidade psicológica (e só descobrem isso depois), outras não tem a financeira, e para algumas falta ainda a estrutura familiar.
É claro, que tudo se aprende. Tudo é uma questão de prática e vivência. Mas muitas de nós não sabem lidar com a CULPA desses sentimentos contraditórios no período gestacional.
Nos sentimos mal quando as dúvidas e inseguranças nos assombram, porque fomos criadas para sermos SUPER mulheres. Crescemos escutando que uma gravidez é motivo SÓ DE FELICIDADE.. Que não temos o direito de sentir angústia nesta fase, que não podemos ter medo. Isso é o que a sociedade nos cobra.
Mas não condiz com a realidade. Somos humanas, somos mulheres e vivemos sob a influência de hormônios.

Um terapeuta vai nos mostrar como buscar um pouco de equilíbrio neste momento tao cheio de altos e baixos.
Eu estou adorando minhas sessões de terapia. Estou aprendendo administrar sentimentos, controlar as frustrações, e principalmente: a aceitar que tenho o direito de errar.
É lógico que muitos fantasmas e monstros saem do esconderijo, mas o bom disso é que quando seu bebê chegar, a caixa vai estar limpa, pronta para colocar ali dentro só bons e puros sentimentos.

Um beijo